quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

História da Cidade do Porto - A ocupação romana

Tabula Peutingeriana 
Após as Guerras Púnicas , os romanos iniciaram a conquista da Hispânia .

Em 137 A .C . os romanos liderados por Perpena um lugar - tenente do cônsul Decimus Junius Brutus enfrentaram e derrotaram numa batalha na margem direita do rio Douro , no alto do morro do Corpo da Guarda ( como é actualmente conhecido ) , um exército de 60000 galaicos , conquistando a " Cales civitas" .
Os galaicos seriam invencíveis , e , assim , Decimus Junius Brutus foi cognominado de “ o Galaico “ ( conquistador dos galaicos ) .
Arco de Noeda - do antigo Castro de Noeda
Nos relatos da época , os soldados romanos ficaram horrorizados , pelo facto das mulheres galaicas , matarem os seus filhos e de seguida a elas próprias , para que não fossem tomados como escravos .

Nesta época a Cale seria um locus ( lugar ) e não uma civitas ( cidade ) , e no Itinerário de Antonino aparece como a penúltima estação da estrada que ligava Lisboa a Braga , a 13 milhas de Lancobriga e a 35 milhas da Bracara Augusta .

Vestígios dos romanos na Cidade do Porto
Chão em mosaico -  Casa do Infante
338 – O “ locus “ com a expansão do povoamento na direcção da Ribeira , e segundo os costumes romanos de darem aos lugares o nome dos deuses dos povos conquistados , na divisão administrativa pelos bispados de Constantino , passa a chamar- se " Portus Cale ", é nesta altura , fundada a Diocese do Porto com Sé em Magneto " Magnetum ” ( antiga povoação de Meinedo, no concelho de Lousada ) .
Vestígios dos romanos na Cidade do Porto
ara votiva
altar romano aos deuses marinhos - século II
Durante o domínio romano , é fundada no morro das antas , o Castro de Lunetam depois de Lueda ou Noeda ( em documentos de 1335 e 1524 surge como propriedade do Cabido ) , que englobava Rio Tinto , Contumil , Valbom e a Villa de “ Campaniana ” ( Campanhã - o seu nome terá como origem o nome do proprietário da villa , que seria Campanius ) , provávelmente onde se situaria o “ Mosteiro de Santa Maria de Campanhã ” .

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