quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

História da Cidade do Porto - Século XV

Em 1406 o rei D. João I e o bispo do Porto D. Gil Alma , chegam a um acordo , no qual o senhorio da cidade passa do bispo para a coroa , conquistando assim a cidade a sua autonomia administrativa .

1410 - D. João I concede o primeiro Regimento da Alfândega .

1415 - construíam-se nas margens do Douro naus e galés , cuja razão era secreta . Nos estaleiros os boatos sobre a razão destas construções eram variados , até o Infante D. Henrique aparecer de repente , e não ficando satisfeito com o andamento dos trabalhos , confidenciou a Mestre Vaz , encarregado da construção . a verdadeira razão destas construções , a Conquista de Ceuta .
Mestre Vaz , assegurou ao Infante uma maior produtividade no trabalho , e a certeza de que a cidade faria o mesmo que 30 anos antes , aquando da guerra com Castela , e que lhes teria valido o nome de " Tripeiros " .
O Infante , comovido , respondeu que a alcunha de " Tripeiros " , era uma Honra para o povo do Porto .
Do Porto saíram sete galés e vinte naus para a conquista de Ceuta .
1415 - As primeiras moedas de 10 réis existentes em Portugal são cunhadas no Porto .

10 de Setembro de 1417 – O sino relógio da cidade que estava colocado na porta do Olival , por ordem de D. João I foi colocado na torre da Sé .
A Câmara , o bispo e o cabido ficaram obrigados a pagarem , uma parte das despesas .
O bispo e o cabido , não concordaram em pagar , e , assim o fizeram , período no qual o sino – relógio não foi tocado .

21 de Junho de 1449 - os regedores da cidade mandam construir um cais na " Fonte d' Ourina " , cuja obra ficou ao cargo de Estaço Lourenço . A pedra utilizada para a construção desse cais foi retirada das portas e postigos das muralhas da cidade e do mosteiro de Santa Clara .

1466 - os homens bons do Porto dizem a D. Afonso V : “A cidade não são os muros nem as casas, mas a gente” .

14 de Janeiro de 1486 – Surge o primeiro caso de peste na Rua do Olival , que é mandada entaipar pela Câmara Municipal do Porto , e que por esse motivo se passou a chamar de Rua das Taipas .
Placa em memória dos Judeus
Vítimas do Decreto de 1496
No entanto a peste alargou – se a outras zonas , e para o efeito foram construídos dois hospitais , um na Torre de Pedro Sem e o outro na Vila Nova ( Gaia ) , no lugar onde se situa o Senhor do Além , na altura chamado de S. Nicolaínho , os contaminados que iam para este hospital , atravessavam o Rio Douro na barca de Pêro Vaz , que recebia salário camarário para o efeito .

20 de Agosto de 1488 - Data do documento mais antigo conhecido das “ Velhas da Cordoaria “ .

5 de Dezembro de 1496 foi assinado pelo Rei D. Manuel I , o Édito de Expulsão dos Judeus de Portugal (  para que permanecessem no país , teriam de se converter ao Cristianismo ) .
Alguns converteram - se tornando - se cristãos – novos , outros , abandonaram a cidade e o reino . Foi o fim da Judiaria Nova do Morro do Olival .
A Judiaria do Olival passou a chamar- se de Vitória , possivelmente devido à vitória do cristianismo sobre o judaísmo .

1499 - Fundação da Misericórdia do Porto .
Trasladação, das relíquias de S. Pantaleão de Miragaia para a Sé , por ordem do bispo D. Diogo de Sousa .

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